sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Ata de 16 de Julho de 2008

Olá, Queridas Mães!

Neste encontro, comentamos ainda um pouco sobre alimentação e a hora do rango, que foi nosso tema da reunião anterior. Tivemos duas mães que antes não tinham problemas com a alimentação dos filhos, e que depois da reunião, eles passaram a ter por algum motivo, e essas já puderam usar as conclusões a que chegamos juntas. Não quer comer, relaxa. A criança não se nutre só com o alimento, mas também de outras coisas, como afeto, atenção, amor.

Dica de produtos:
Para aquelas crianças que adoram um macarrão, e não comem mais quase nada, aí vai a dica:
- Macarrão de Quinua – à venda no Moinho de Pedra e no Ponto Verde
- Macarrão de Legumes Veggpasta (com carinhas) – Moinho de Pedra
- Macarrão Biodinâmico Pasta Baronia – Rede Pão de Açúcar (Sessão de alimentos naturais. Opção mais em conta entre as três).

Ataques de Raiva
A idéia deste encontro foi falamos sobre como lidar com “ataques” de raiva das crianças! E a proposta foi assistirmos ao DVD “The Happiest Toddler on the Block”: A Criança Mais Feliz do Pedaço, do Dr. Harvey Karp, conhecido pediatra e expert em desenvolvimento infantil, que neste filme, dá dicas de como comunicar-se com nossas "nada civilizadas" criancinhas em seus acessos de raiva e construir uma relação de amor e respeito com elas.

A introdução ao tema foi feita com leituras de partes do Capítulo 4 – “Primeira Adolescência” do livro Como criar nossos filhos, do Dr. Fitzhugh Dodson -Edições Melhoramentos (acho que agora só se encontra esse livro em sebo, comprei o meu na http://www.estantevirtual.com.br).

Tudo vai bem até que a criança se aproxime do seu segundo aniversário. Não é regra, mais acontece com a maioria das crianças. E o que sugere esse livro é que a criança passa por fases de equilíbrio e desequilíbrio em sua formação. Hum ano seria uma fase de equilíbrio. Dois anos, desequilíbrio – o que ele chamou de Primeira Adolescência (por se tratar de uma fase de transição entre ser bebê e ser criança)! Três anos, equilíbrio. Quatro anos, desequilíbrio. Cinco anos, novamente equilíbrio.

Por volta dos 2 anos, a criança vive um estágio de emoções violentas, com freqüentes mudanças de humor. Uma simples decisão, pode se transformar em uma batalha para ela, pulando de “eu quero isso”, para o “não quero isso” no minuto seguinte. Ela, nesta fase, está apegada fortemente às rotinas. Então será difícil que aceite uma comida diferente ou uma roupa nova. “É por isso que gosta dos rituais, tudo deve ser feito de uma determinada maneira e obedecendo exatamente a uma determinada rotina. Ela também vai querer fazer tudo sozinha. Quando quer uma coisa, tem que ser imediatamente. É dominadora e exigente e gosta de dar ordens. Para isso, os pais devem treinar sua paciência.
É nesta fase que a criança começa a perceber a si mesma, adquirindo uma noção verdadeira de sua própria personalidade. E por isso discorda de tudo que os pais estabelecem.

Atenção:
- Quando uma criança inflexível de dois anos se defronta com pais também inflexíveis, cuidado! Durante esse estágio, a criança submete nossa paciência a terríveis provas!
- Fazer exigências excessivas nesta fase, no sentido de controlar e moldar a criança pode torná-la super controlada.
- Ao mesmo tempo, não se pode ceder e nem ampliar os limites às crianças nesta idade. Isso pode acabar invertendo os papeis onde quem dá as regras é a criança.
- Nesta fase de desequilíbrio da criança, os pais devem estar em equilíbrio, e principalmente usar a criatividade para achar maneiras com que a criança faça aquilo que você quer, sem ter que entrar numa batalha. “Regras rígidas e absolutas, não são adequadas para esse estágio de desenvolvimento, tão cheios de sentimentos ambivalentes e de anseios. Em geral, é aconselhável que os pais adotem regras e limitações bem concretas, a partir dos três anos.”

Agora que temos um panorama geral desta fase, o que fazer na hora da crise???
Vamos ver as dicas do Dr. Harvey Karp, no DVD A Criança Mais Feliz do Pedaço. Dr. Karp, considera as crianças desta fase, como “trogloditas”! Elas não falam direito, gritam, batem, enfim, são uns monstrinhos. No momento de uma crise de raiva, se os pais simplesmente falam como adultos, explicando: não faça assim, ou não faça assado por esse ou aquele motivo, a criança não entende e isso a deixa ainda mais irritada.

Passo 1 - Fast Food: Depois de identificar qual é o sentimento da criança, repita várias vezes a mesma coisa que ela está dizendo, usando sua linguagem primitiva de frases curtas. Por exemplo: a criança quer muito um brinquedo. E fala: Eu quero! Eu quero! Eu quero! Eu quero! Você deve falar: Você quer! Você quer! Você quer! Você quer! Você quer! Eu sei que você quer muito esse brinquedo!!

Passo 2 – Criancês: E não apenas falar e repetir, mais gesticular bastante e falar com uma voz dramática como a da criança, reproduzindo o seu nível de aborrecimento! Ela vai parar e prestar atenção em você e pensar, bom, a minha mãe está me entendendo! É mais fácil assistir ao vídeo, do que explicar de forma literal.... O importante é fazer a criança perceber que a sua frustração está sendo compreendida!

Passo 3 – Identificar uma solução: Você pode sentir se é o momento de abraçá-la e oferecer alguma outra coisa (outro brinquedo, uma cominha, um passeio), algo rápido que nem dê muito tempo para ela pensar.

Se não funcionou, Passo 4 – Tirar a platéia: ela continua berrando... Você vai falar para ela que sabe que ela está com raiva e que não dá para ficar ao lado dela assim e que então você vai sair por uns momentos. Sai do ambiente durante um minuto e volta.

Dicas:

Dica 1 – Evitando ataques: ver quais as situações que são críticas para a criança e tentar evitá-las ou contorná-las de maneira criativa. Por exemplo, se levar a criança para o supermercado significa um show, não leve ou não passe pela gôndola das bolachas! A hora do banho é um drama? Tente inovar, fazendo uma brincadeira. O importante é tentar seguir sua rotina diária, pois nesta fase ela está muito apegada aos ritmos.

Dica 2 – Parquímetro: doses diárias de carinho e atenção para a criança, momentos descontraídos de brincadeira, dão segurança e estabilidade para ela.
Isso dá mais intimidade na construção de uma relação de amor e respeito com os filhos.

Dica 3 – “Fofoca”: por exemplo: você está dando o jantar do seu filho e seu marido está sentado ao lado. Você fala como se estivesse cochichando com o marido, mas de maneira que a criança ouça: “Você está vendo como ela está comendo tudo?” E faz um elogio. Parece que surte mais efeito falar para outra pessoa do que falar para a própria criança que ela está comendo bem.

Dica 4 – Exercitando a paciência da criança: antes de dar aquela bolacha que ela gosta, ou aquele chocolate, contar com ela até 3 e só aí dar a ela.

Dica 5 – Nada de “Olha o passarinho”: quando a criança cai e se machuca, não devemos distraí-la ou dizer que não foi nada para que ela pare se chorar. Devemos sim, acolhe-la e dizer: eu sei dói mesmo, dói muito! A criança vai saber que está sendo acolhida em sua dor.

Sugestao: ela pede para que o filho de 4 anos faça cara de manha, de triste, de alegre, de choro para ela e o filho saibam qual é a atitude que o filho toma em diferentes situações. Assim quando é uma cara de manha, ela diz a ele que ele está fazendo cara de manha e o desconcerta.

Enfim, paciência, tolerância, coerência, criatividade são as palavras-chave!
Alguém quer complementar com algo mais??

Vamos testar e discutir tudo isso no próximo encontro?? A Kirstin já testou com o Matheus!! E deu certo!
Poderia ser dia 11 de Agosto (segunda-feira)??

Vamos combinar quem vai querer ir à aula de culinária do Dr. Spalter.

Beijos,
Emilia e Tarsila

2 comentários:

Isabella Del Buono disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Graziela disse...

Oi Tarsila tudo bem? Eu quero saber se esse DVD A criança mais feliz do pedaço, pode ser encontrado em locadoras. obrigada