domingo, 29 de março de 2009

Adoção, um ato de amor!



Ata - Grupo de Mães, 04 de março de 2009
Olá, Queridas Mães!

Nosso último encontro foi um presente! E cada vez que nos encontramos, temos certeza que vale todo o esforço e sacrifício de deixar nossa casa, nossos filhos, marido, nossas atividades, pois essa troca nos tem feito aprender muito.

O tema central deste encontro foi sobre mães e filhos adotivos. Um tema que para a maioria de nós do grupo, é distante. Mas que tivemos o prazer de compartilhar com a Renata, mãe da Maria Clara, sua linda história de amor.

Para muitas de nós, o ato de doar um filho, nos parece a princípio repulsivo. E não nos cabe fazer qualquer julgamento. Mas pudemos perceber o quanto doar um filho pode ser um ato de amor também. Afinal, se não existissem mães que infelizmente não podem cuidar de seus filhos, como outras mães poderiam realizar o sonho de ser mãe, dando a essa criança, todo o seu amor!



Comove-nos toda a força guiada por esse amor incondicional! E sabendo da batalha que é ser mãe em uma situação “normal” (família com mãe, pai e filho biológico), esse ato nos parece ainda mais elevado.

Se de um lado, lindas histórias de adoção estão aí para serem contadas, de outro, infelizmente a maioria das histórias é triste. 80% das crianças que estão em abrigos no Brasil, não estão em condições de adoção. A legislação brasileira é bastante rígida e impõe muitas condições a adoção destas crianças.

O caminho para quem quer adotar uma criança exige muita paciência, perseverança e preparo. Para isso, existem muitos grupos de apoio à pais que querem adotar. Esses grupos promovem encontros entre pais adotivos e pais que desejam adotar uma criança, entre família com filhos adotivos e filhos biológicos, onde todos podem compartilhar suas histórias, possibilitando a troca de informações e conhecimento. Assim os pais podem preparar melhor o ninho para a chegada do seu filho.

Nestas reuniões, são abordados os mais variados temas, como por exemplo:
- como contar à criança que ela é uma filha de coração, fazendo isso de maneira tranqüila e amorosa. Existem livros infantis que tratam deste tema, de forma delicada e acolhedora.
- a importância saber a história dos pais e irmãos biológicos e como contar ao filho.
- a legislação
- licença maternidade para mães adotivas (as mães adotivas têm os mesmos direitos das mães biológicas. Crianças, entre zero e oito anos, vão poder conhecer melhor sua mãe por conta da licença maternidade)
- como tornar esse novo período de adaptação mais suave e tranqüilo para ambos (mãe e filho). Quando se trata de um bebê, o Casulo Baby Sling pode ajudar muito na formação deste vínculo.
- como uma mãe que resolve adotar uma criança sozinha, pode e deve desenvolver os papeis de pai e mãe. E neste caso, como proporcionar uma referência masculina, tão importante para o desenvolvimento da criança.

Enfim, foi um encontro de muito ouvir, se emocionar e aprender.
Obrigada Renata por partilhar com a gente a sua história de amor.


Quem quiser saber mais:


GAASP - Grupo de Apoio à Adoção de São Paulo
Reuniões mensais no SESC Vila Mariana
Informações: 3849-4652, site: www.gaasp.net

Projeto Acolher
Reuniões: um sábado por mês, na região de Santo Amaro
Informações: 2577-0238
blog: projetoacolher.blogspot.com


Um beijo carinhoso,
Emilia e Tarsila

sexta-feira, 27 de março de 2009

A gestação, o trabalho de parto, o parto e o Pai



Grupo de Gestantes – dia 05 de Março
Ata Encontro com a Vilma

Neste encontro tivemos o grande prazer de contar com a participação da Vilma Nishi, enfermeira-obstetra, parteira maravilhosa muito sábia, que nos recebeu em seu consultório.

Para esse encontro, convidamos os pais, pois o assunto da noite foi a gestação, o trabalho de parto, o parto e o papel do pai nesses momentos. Como ele pode estar presente, apoiar, participar e deixar que ele nasça também como pai.

Através dos relatos dos atendimentos às gestantes e casais gestantes feitos pela Vilma e de suas inúmeras histórias de partos (hospitalares e domiciliares), pudemos entender o processo da gravidez desde o começo e como as mães e os pais compartilham deste momento. No começo é difícil. Se para nós mulheres já demora a cair a ficha, imaginem para os homens... Nada acontece no corpo deles (só a barriguinha que também cresce)! Por isso compartilhar a gravidez é extremamente importante para ambos. Participar de trabalhos corporais para pais gestantes, ir aos ultra-sons juntos, às consultas com o obstetra, ajudar a montar o quarto do bebê, enfim, até realizar os desejos da grávida também valem para que o homem vá se familiarizando com a idéia que vai se tornar pai. Esse estar junto é fundamental, é precioso, pois é daí que nasce o mais importante: o vínculo familiar. Algo que os pais, as mães e os filhos, levam para a vida toda, independente dos acontecimentos futuros.

Se durante a gravidez, o pai está presente, vivenciando as transformações do corpo da mulher, acolhendo-a quando tem suas crises emocionais, muitas vezes decorrentes dos hormônios da gravidez, se ele se envolve com a chegada do bebê, compartilhando os movimentos de seu filho dentro da barriga da mãe, etc, muito mais orgânica será sua participação durante o trabalho de parto e o parto em si. Seu papel torna-se fundamental, tanto para dar apoio, segurança e confiança à mãe neste momento, quanto para que ele também nasça como pai.

O trabalho de parto é movimento e durante esse processo, o pai pode ajudar muito! Ele pode começar acompanhando os movimentos respiratórios da mãe, mais intensos durante as contrações, e profundos e calmos durante as pausas, achando a posição mais confortável para os dois. Deitados de lado, juntos, na posição de conchinha, os dois podem relaxar e sentir o corpo um do outro como se fosse um corpo só, respirando em harmonia.

Com a evolução do trabalho de parto, os dois podem experimentar diversas posições que ajudam na dilatação do períneo e na descida do bebê ao canal de parto. Lembrem-se, o trabalho de parto é movimento, como bem falou a nossa convidada, a parteira Vilma.

Aqui vamos sugerir algumas destas posições que ajudam bastante durante o trabalho de parto. A maioria delas são para serem feitas em dupla, a mãe e o pai. Mas se o pai não está presente, por qualquer que seja o motivo, o importante é que essa mãe seja acolhida no trabalho de parto, por pessoas de quem ela goste e se sinta segura.






E mais uma vez, citando a Vilma, o parto é a mínima parte, comparados à gestação e ao trabalho de parto, que o melhor parto é aquele, onde todos saem bem, o bebê, a mãe e o pai e que um homem que participa ativamente do trabalho de parto de sua mulher e do nascimento do seu filho, mais rapidamente se torna afetivamente e conscientemente PAI. Por isso, essa ata é principalmente para você que se tornará pai em breve. Não deixe essa chance passar, nem deixe que ninguém faça por você, o que você deve fazer! Vista a camisa! O envolvimento começa quando a gestação se inicia, não é só cortar o cordão, heim!

Obrigadíssima Vilma, por esse encontro precioso! Temos certeza que depois dele, essas gestantes e seus companheiros estarão mais bem preparados para o momento mais importante de suas vidas, o de trazer ao mundo um outro ser humano.

Quem quiser saber mais sobre o trabalho da Vilma, seu atendimento às gestantes e a casais gestantes, consciência corporal, relaxamento e massagem, além de acompanhamento em partos hospitalares e como parteira em partos domiciliares, segue aí, o contato da mestra.


Contato:

Vilma Nishi, enfermeira-obstetra. Tel. (11) 8141-4653.
Endereço: Rua Paulistania, 407 – Vila Madalena (ao lado do metro Madalena)- São Paulo


Um abraço a todos!
Emilia e Tarsila

terça-feira, 3 de março de 2009

Véu do Berço, véu de proteção!!!



Pra quem não sabe do que se trata, o véu é um envoltório protetor que tem como finalidade criar um ambiente acolhedor, tranqüilo, com uma luz que lembra o ambiente uterino, ao qual o bebê está habituado e confia.

Com dois véus, um vermelho carmim e outro azul ultramar sobrepostos, surge uma terceira cor, o violeta, e esta tem as propriedades de acalmar o bebê e protegê-lo. Como os véus estão sobrepostos, essa cor tem inúmeras nuances, não sendo algo chapado, o que estimula a percepção de cores aos olhos do bebê.

Tingimos em seda por ter uma qualidade ao toque, transparência e leveza diferenciada dos outros tecidos, além de ser natural.

O tingimento é caseiro, e cada um fica de um jeito, que é próprio para aquela criança e sua mãe!






Fazer esse véu para nossos bebês é uma atividade prazerosa, de carinho, e que só envia bons fluidos para o rebento que esta se formando no nosso ventre.
Esse véu é indicado para pelo menos o primeiro ano de vida da criança.
Depois desse ano de uso do véu no berço, a seda pode ter outras utilidades, como por exemplo ser base para o presépio, enfeitar o telhado da casinha de boneca, virar pano para fantasias, enfim, tecido nunca é desperdiçado quando se tem crianças em casa!

Durante o encontro conversamos sobre a importância da criança se acostumar desde cedo a dormir em seu próprio berço e confiar que os pais estão ali, pertinho, no outro quarto se ela precisar. Tingindo o véu, nós mães já vamos nos acostumando com a idéia de que este bebê que agora esta dentro de nós, vai ter o cantinho dele, que nós preparamos com todo carinho.

Bebês que dormem no quarto dos pais por um período muito prolongado (mais que os primeiros 6 meses de vida) têm dificuldades em se ambientarem em seus próprios quartos, ficam inseguros e a vida do casal, como casal, fica prejudicada, abalada e frágil.

Por isso, cada coisa em seu lugar, cama de casal não é lugar de bebê, lugar de bebê é no berço. Existem durante o dia mil outros momentos pra mãe e filhos ficarem grudadinhos, aproveitem!!!


Um grande beijo,
Emilia e Tarsila