sexta-feira, 27 de março de 2009

A gestação, o trabalho de parto, o parto e o Pai



Grupo de Gestantes – dia 05 de Março
Ata Encontro com a Vilma

Neste encontro tivemos o grande prazer de contar com a participação da Vilma Nishi, enfermeira-obstetra, parteira maravilhosa muito sábia, que nos recebeu em seu consultório.

Para esse encontro, convidamos os pais, pois o assunto da noite foi a gestação, o trabalho de parto, o parto e o papel do pai nesses momentos. Como ele pode estar presente, apoiar, participar e deixar que ele nasça também como pai.

Através dos relatos dos atendimentos às gestantes e casais gestantes feitos pela Vilma e de suas inúmeras histórias de partos (hospitalares e domiciliares), pudemos entender o processo da gravidez desde o começo e como as mães e os pais compartilham deste momento. No começo é difícil. Se para nós mulheres já demora a cair a ficha, imaginem para os homens... Nada acontece no corpo deles (só a barriguinha que também cresce)! Por isso compartilhar a gravidez é extremamente importante para ambos. Participar de trabalhos corporais para pais gestantes, ir aos ultra-sons juntos, às consultas com o obstetra, ajudar a montar o quarto do bebê, enfim, até realizar os desejos da grávida também valem para que o homem vá se familiarizando com a idéia que vai se tornar pai. Esse estar junto é fundamental, é precioso, pois é daí que nasce o mais importante: o vínculo familiar. Algo que os pais, as mães e os filhos, levam para a vida toda, independente dos acontecimentos futuros.

Se durante a gravidez, o pai está presente, vivenciando as transformações do corpo da mulher, acolhendo-a quando tem suas crises emocionais, muitas vezes decorrentes dos hormônios da gravidez, se ele se envolve com a chegada do bebê, compartilhando os movimentos de seu filho dentro da barriga da mãe, etc, muito mais orgânica será sua participação durante o trabalho de parto e o parto em si. Seu papel torna-se fundamental, tanto para dar apoio, segurança e confiança à mãe neste momento, quanto para que ele também nasça como pai.

O trabalho de parto é movimento e durante esse processo, o pai pode ajudar muito! Ele pode começar acompanhando os movimentos respiratórios da mãe, mais intensos durante as contrações, e profundos e calmos durante as pausas, achando a posição mais confortável para os dois. Deitados de lado, juntos, na posição de conchinha, os dois podem relaxar e sentir o corpo um do outro como se fosse um corpo só, respirando em harmonia.

Com a evolução do trabalho de parto, os dois podem experimentar diversas posições que ajudam na dilatação do períneo e na descida do bebê ao canal de parto. Lembrem-se, o trabalho de parto é movimento, como bem falou a nossa convidada, a parteira Vilma.

Aqui vamos sugerir algumas destas posições que ajudam bastante durante o trabalho de parto. A maioria delas são para serem feitas em dupla, a mãe e o pai. Mas se o pai não está presente, por qualquer que seja o motivo, o importante é que essa mãe seja acolhida no trabalho de parto, por pessoas de quem ela goste e se sinta segura.






E mais uma vez, citando a Vilma, o parto é a mínima parte, comparados à gestação e ao trabalho de parto, que o melhor parto é aquele, onde todos saem bem, o bebê, a mãe e o pai e que um homem que participa ativamente do trabalho de parto de sua mulher e do nascimento do seu filho, mais rapidamente se torna afetivamente e conscientemente PAI. Por isso, essa ata é principalmente para você que se tornará pai em breve. Não deixe essa chance passar, nem deixe que ninguém faça por você, o que você deve fazer! Vista a camisa! O envolvimento começa quando a gestação se inicia, não é só cortar o cordão, heim!

Obrigadíssima Vilma, por esse encontro precioso! Temos certeza que depois dele, essas gestantes e seus companheiros estarão mais bem preparados para o momento mais importante de suas vidas, o de trazer ao mundo um outro ser humano.

Quem quiser saber mais sobre o trabalho da Vilma, seu atendimento às gestantes e a casais gestantes, consciência corporal, relaxamento e massagem, além de acompanhamento em partos hospitalares e como parteira em partos domiciliares, segue aí, o contato da mestra.


Contato:

Vilma Nishi, enfermeira-obstetra. Tel. (11) 8141-4653.
Endereço: Rua Paulistania, 407 – Vila Madalena (ao lado do metro Madalena)- São Paulo


Um abraço a todos!
Emilia e Tarsila

3 comentários:

Anônimo disse...

O pai do meu filho que estou esperando não aceitou a notícia de ser pai outra vez.Quando soube da notícia ele até me agrediu e pediu que eu abortasse. Hoje atualmente ele nunca me deu um carinho. Estou grávida de 25 semanas.Fico sem saber o que fazer.

Emilia Albano disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Emilia Albano disse...

Olá, mãe! Desculpe-nos a demora em responder! Essa é uma situação muito difícil e que infelizmente acontece com muitas outras mães. Com certeza você precisa de ajuda! Existem grupos de apoio para isso. Nos conhecemos em São Paulo, a Casa Angela, que fica na Zona Sul da cidade, que faz assistência a mulheres vítimas de violência sexual e doméstica e encaminhamento para os serviços de orientação jurídica. Entre em contato com a Casa Angela, através Associação Comunitária Monte Azul.

Av. Tomás de Souza, 552 - Jd. Monte Azul - CEP 05836-350 - São Paulo - SP
Fone:(011) 5853 8080 - Fax: (011) 5853 8081

Te desejamos muita coragem e força e pense sempre que seu bebê e você estão a cima de tudo!!